Problemas com a 123 Milhas e HURB? O que fazer

Recentemente vieram à tona diversas queixas de pessoas frustradas comas empresas referidas em razão dos cancelamentos de passagens aéreas e pacotes de viagens adquiridos. Assim, perguntamos: você já teve problemas com a 123 milhas e HURB? Saiba o que fazer.

Afinal, a 123 Milhas é obrigada a emitir a passagem adquirida pelo consumidor? Entenda nesse post.

O texto de hoje auxiliará todos aqueles que já enfrentaram, de alguma forma, problemas deste teor, mas, em especial, àqueles lesados pelas últimas práticas destas empresas.

Por isso, se você está passando por uma situação como esta, leia o texto até o final para entender a melhor forma de resolver o problema.

Aliás, aqui no blog temos vários outros posts explicando os direitos dos passageiros frente a atrasos, cancelamentos e overbooking de voos.

Você sabe o que a companhia aérea é obrigada a ofertar nos casos de atraso de voo? Acesse este post e entenda.

Bem, agora vamos ao tema central deste post.

Mas antes, vamos entender o ocorrido.

O que aconteceu?

Se você já buscou por passagens, hotéis ou pacotes turísticos na internet, com certeza já se deparou com as ofertas destas empresas. Aliás, as propagandas em aplicativos são massivas.

Ambas são conhecidas por oferecer pacotes de viagem, passagens e hotéis por um preço baixíssimo, muitas vezes imbatível, inferior a qualquer outra empresa.

Como elas podem fazer tais ofertas, as manobras e estratégias para tanto são assunto para outro momento.

Esse post discutirá apenas o ocorrido, e te indicará a melhor forma para reparar eventuais lesões.

Ocorre que, recentemente, uma enorme quantidade de consumidores vieram às redes exprimir o seu descontentamento com as atitudes de ambas as empresas.

Alguns compraram passagens flexíveis pela primeira empresa aqui referida e, mesmo após o prazo indicado, não receberam o localizador/voucher do voo. Ou seja, estes passageiros não embarcaram, perdendo não apenas o dinheiro da passagem, como também, do hotel e eventuais passeios adquiridos no destino.

Outros adquiriram pacotes de viagem (passagem aérea e hotel em um “combo”) com a outra empresa, que foram cancelados à véspera da viagem.

Os consumidores não se contentaram com as justificativas dadas pelas empresas, lotando suas páginas no site Reclame Aqui de reclamações pelo serviço mal prestado.

Isso culminou, também, em dezenas de ações judiciais para reaver os valores pagos, uma vez que as empresas muitas vezes se recusavam a devolver o valor despendido.

Neste ponto, um detalhe se faz necessário.

As práticas das empresas

Não é fácil oferecer passagens e pacotes de viagens por um preço tão baixo atualmente, especialmente em razão da popularização das possibilidades de viagens que vemos hoje em dia.

Por isso, as empresas mencionadas neste texto adotaram outras práticas para conseguir atrair clientes.

A 123 Milhas passou a oferecer passagens flexíveis, ou seja, em datas variáveis, buscando conseguir o melhor preço. Para isso, o cliente escolhe uma data, sendo que a viagem pode ser realizada um dia antes ou após o dia escolhido.

Um formulário lhe é enviado, o qual deve ser preenchido e devolvido em determinado prazo. Após, a empresa se comprometia a enviar o voucher em até alguns dias antes da data designada.

Ocorre que por um suposto erro no sistema, centenas de passagens não foram emitidas, prejudicando os planos e lesando o patrimônio dos consumidores.

A HURB, por sua vez, que apresentou um grande crescimento na pandemia, vale-se da estratégia de vender pacotes a longo prazo, mesmo exigindo o pagamento imediato, para obter lucro.

Neste caso, o que ocorreu foi o cancelamento dos pacotes a poucos dias da viagem, sob o argumento de escassez de passagens a preço promocional no mercado.

O problema, aqui, foi a posição da empresa para solucionar os problemas, ao passo que deixou de oferecer aos consumidores a possibilidade de reaver seu dinheiro.

Como mencionado, não entraremos no mérito das práticas. Queremos, na verdade, o auxiliar a resolver problemas havidos com as empresas do ramo.

Sendo assim, qual é a solução?

A responsabilidade das empresas

Referimos anteriormente que centenas de consumidores descontentes publicaram sua revolta no site Reclame Aqui, famoso por auxiliar os consumidores em litígios com empresas.

Todavia, isso não foi suficiente.

Além de muitas vezes não possibilitar a devolução integral dos valores pagos ao consumidor, as empresas “somem”, deixando-os sem resposta.

Esta prática é claramente abusiva.

Em primeiro lugar, a empresa que descumprir a oferta é obrigada a restituir integralmente os valores pagos pelo consumidor, sendo esta a sua vontade, ou oferecer-lhe a prestação de serviço equivalente, nos termos do artigo 35 do Código de Defesa do Consumidor.

Relembramos que a responsabilidade das empresas é objetiva, ou seja, independe da caracterização de culpa para a reparação dos danos causados.

O que fazer em problemas com a 123 Milhas e HURB

Bem, se o consumidor não conseguir contato ou proceder à resolução do conflito junto à empresa (o que, aparentemente, é o que está ocorrendo), não restará alternativa distinta à propositura de uma demanda judicial.

O consumidor não pode ficar desamparado ou ter seus direitos lesados sem qualquer possibilidade de reparação por desídia de qualquer empresa, seja as aqui referidas ou qualquer outra, independentemente do ramo de atuação.

Após o boom do ocorrido nas redes sociais, um grande boom de demandas judiciais também ocorreu em desfavor destas empresas.

E, infelizmente, não havendo possibilidade de composição amigável, esta será a única alternativa do consumidor lesado.

Por isso, se você passou ou está passando por este tipo de situação, recomendamos que busque um profissional especializado para o auxiliar. Ele saberá como proceder em cada caso.

Assim, recomendamos que junte e guarde a maior quantidade de provas possíveis.

Em todo caso estamos à disposição para ajudar.

Se você teve um voo cancelado recentemente, pode acessar esse post para entender o que poderá ser feito perante a cia aérea.

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