Cota em multipropriedade é furada?

Cota em multipropriedade é furada?

Cota em multipropriedade é furada?

Se você acompanha nosso blog deve saber que cota em multipropriedade é um tema recorrente por aqui, e hoje o assunto não poderia ser outro. Afinal, esse tipo de negócio é furada?

Compensa comprar cota em multipropriedade em 2023? A quem esse negócio pode ser lucrativo e valioso?

Explicaremos.

Antes de mais nada é importante que você entenda o que é uma cota em multipropriedade. Fique atento: ao comprar você não se tornará dono de um apartamento em determinado resort, mas sim, terá direito de usufruto daquele bem por determinados dias num ano.

Diz-se “determinados dias” porque os contratos oferecidos aos consumidores possuem datas pré-determinadas em épocas de baixa, média ou alta temporada daquele destino.

Isso quer dizer que você não poderá usufruir da fração imobiliária quando quiser, mas sim quando seu contrato lhe autorizar o usufruto.

Apesar de algumas empresas serem um pouco flexíveis nesse sentido, não é sempre que o consumidor conseguirá alterar a data prevista em contrato para facilitar a hospedagem no local.

“Mas isso é irrelevante para mim, eu comprei a cota para alugar para terceiros ou apenas para utilizar o programa de intercâmbio”, você pode estar pensando.

Sem problemas!

Apenas lembre-se de entrar em contato com a empresa meses antes da data pretendida para intercâmbio a outra hospedagem, pois, concorridas, costumam esgotar rapidamente.

Não se esqueça também de pagar a taxa de utilização do programa.

E se eu não quiser mais manter o contrato?

Não são poucos os casos de consumidores insatisfeitos com o contrato adquirido.

As queixas são muitas: alegam terem sido enganados, não poderem usufruir do bem como prometido, parcelas muito caras, entre outros.

Caso o cliente queira rescindir o contrato, poderá tentar fazê-lo junto à empresa que o comercializou.

Todavia, uma breve leitura do instrumento indicará que as perdas são grandes: até 50% do total pago + a integralidade da taxa de intermediação + taxa de fruição do bem e outras eventuais multas que também podem incidir.

Isso sem contar as perdas com o pagamento de taxas condominiais, IPTU, etc.

Você pode imaginar, então, que o melhor seja honrar o contrato até o final e depois revender a cota a terceiros.

É uma estratégia.

Contudo, não se esqueça que muitos contratos preveem o pagamento de uma espécie de multa nessa hipótese, variando entre 1 e3% do valor do contrato para autorizar o consumidor a repassá-lo a terceiros.

É por isso que na maioria dos casos o melhor a se fazer é judicializar o caso, ou seja, entrar com um processo para rescindir o contrato e obter parte do valor pago (ou a integralidade do montante, a depender do caso cncreto).

Temos um post específico sobre distrato de cota em multipropriedade aqui em nosso blog. Para acessá-lo e entender melhor sobre o tema basta clicar nesse link.

Conclusão

Mas afinal, cota em multipropriedade é furada?

Como tudo no direito, depende.

Depende da sua renda, condição financeira, expectativas e perspectivas.

Os custos de manutenção de um contrato como esse podem ser insignificantes para você e extremamente altos para outra outra pessoa, que muitas vezes investiu valores que nem deveria para conquistar o “imóvel dos sonhos” e as “férias perfeitas”.

Por isso pense bemantes de assinar um contrato de cota em multipropriedade.

Indicamos, ainda, que consulte um profissional qualificado para analisar o contrato e dar-lhe um parecer técnico sobre o instrumento.

Como sempre, estamos à disposição para ajudá-lo.

Caso você esteja insatisfeito com o contrato possuído, por outro lado, fique à vontade para nos mandar uma mensagem através do link abaixo.

Havendo dúvidas, a caixinha de comentários está aberta a questionamentos.

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